21 outubro 2010

Acções do eBay avançam 8% em Nova Iorque

A empresa apresentou resultados acima do esperado e está a protagonizar um dos melhores desempenhos entre as tecnológicas de Wall Street.

Os principais índices norte-americanos seguem em alta ligeira, com o Dow Jones e o S&P 500 a avançar 0,31% e 0,15%, enquanto o Nasdaq desliza 0,04%.

A animar os mercados, em Nova Iorque, estão os resultados acima do esperado de várias empresas norte-americanas, como o eBay, que hoje apresentou um lucro trimestral de 432 milhões de euros, um aumento de 23% face ao mesmo período do ano anterior. Na reacção, os títulos da tecnológica aceleram 8,26% para 27,8 dólares.

No mesmo sentido, a McDonald's anunciou hoje que o lucro líquido cresceu 10% para 1,39 mil milhões de dólares, ou 1,29 dólares por acção, no terceiro trimestre, face a igual período de 2009.

Este resultado excedeu as expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam em média um lucro líquido por acção de 1,25 dólares, e está a fazer as acções da empresa valorizar 1,87% para o valor mais elevado de sempre.

A animar os investidores estão também os dados sobre os pedidos iniciais de subsídio de desemprego, divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho norte-americano. É que o Governo divulgou que os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA baixaram de 475 mil para 452 mil, na semana passada, um número melhor do que o previsto. Mantém-se contudo a resistência em chegar à barreira dos 400 mil.

Jerónimo Martins dispara 4% e atinge novo máximo

As acções da retalhista lideraram hoje os ganhos no PSI 20, com uma subida de 4,1%, o melhor desempenho do papel desde Maio.

Os títulos da Jerónimo Martins subiram hoje pela quarta sessão consecutiva, tendo encerrado com ganhos de 4,06% para 10,34 euros, a cotação mais elevada de sempre.

"Esta subida poderá dever-se a alguma expectativa quando ao 'Investor Day' da empresa, que se realiza no início de Novembro", disse o analista João Flores, do Millennium bcp Investment Banking, ao Económico.

Em 2010 a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos (na foto) acumula uma valorização de 48%, o melhor desempenho do PSI 20 este ano e vale agora em bolsa 6,5 mil milhões de euros.

A Jerónimo Martins, a segunda maior retalhista portuguesa e líder do retalho alimentar na Polónia, através da Biedronka, tem sido alvo de constantes revisões em alta por parte das casas de investimento, embora algumas já considerem que o título está sobrevalorizado.

A australiana Macquarie, por exemplo, começou ontem a seguir as acções da Jerónimo Martins com um 'target' de 8,8 euros e uma recomendação de 'underperform', por considerar que as acções subiram demais. Contudo, diz que 2010 será um ano favorável ao aumento das margens do grupo na Polónia.

Preço do café em máximos de 13 anos

O café está em máximos de 13 anos em Nova Iorque, com os receios em torno de um abrandamento da produção na Colômbia e no Brasil.

O preço da matéria-prima está a disparar 2,59% para negociar nos 2,36 dólares a libra [a medida de peso corresponde a cerca de 450 gramas], em Nova Iorque, máximos de Junho de 1997.

A impulsionar os preços do café estão os receios em torno do abrandamento da produção de café no Brasil, que segundo as estimativas do Ministério da Agricultura vai abrandar no próximo ano, à semelhança do que vai acontecer na Colômbia, devido a um fungo que tem atacado as plantas do café, disse o governo colombiano.

"Os investidores estão preocupados", disse Kona Haque, da Macquarie, à Bloomberg. "Cada vez que se ouve falar de um decréscimo nas reservas ou na produção os preços disparam porque agora, simplesmente, não há espaço para errar. Vamos continuar a ter um mercado muito volátil", concluiu.

McDonald’s atinge valor histórico após resultados

A gigante norte-americana do ‘fast food’ surpreendeu hoje pela positiva o mercado com lucros de 1,39 mil milhões de dólares.

A McDonald's anunciou hoje que o lucro líquido cresceu 10% para 1,39 mil milhões de dólares, ou 1,29 dólares por acção, no terceiro trimestre, face a igual período de 2009. Este resultado excedeu as expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam em média um lucro líquido por acção de 1,25 dólares.

As acções da maior cadeia de restauração do mundo reagiram em alta a este anúncio e estavam agora a subir 2% para 78,93 dólares em Nova Iorque, depois de já terem tocado nos 79,22 dólares, um novo máximo histórico. Em 2010, a McDonald's soma ganhos de 26,5% e vale actualmente em bolsa 84 mil milhões de dólares.

O grupo norte-americano revelou também hoje que as suas vendas totalizaram 6,3 mil milhões de dólares entre Julho e Setembro, mais 4% do que um ano antes. A empresa justifica esta melhoria com a introdução de novos produtos nos EUA e o alargamento dos horários de funcionamento na Europa.

"A McDonald's continua a ganhar quota de mercado", avançou um analista da Telsey Advisory Group, em Nova Iorque, acrescentando que "não vai existir nenhuma cadeia de hambúrgueres que consiga alcançar estes resultados".

Risco de Portugal em níveis anteriores à apresentação do Orçamento

O juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos superou os 5,8%.

Os preparativos para as negociações entre o Governo e o PSD sobre o Orçamento não estão a acalmar os investidores em relação a Portugal. É que o juro das obrigações do Tesouro a 10 anos avança hoje oito pontos base para 5,818%, aproximando-se da barreira dos 6%, nível atingido no dia 14 de Outubro, na véspera da apresentação da proposta do Orçamento para 2011. Com uma subida mais expressiva, os juros da dívida da Irlanda, país que também está na mira dos mercados, da mesma maturidade agravam-se em 17 pontos base para 6,354%.

No mesmo sentido, o diferencial das obrigações do Tesouro a 10 anos face às ‘bunds' alemãs da mesma maturidade, indicador de risco conhecido por ‘spread', soma seis pontos base para 335,4 pontos base.

Isto apesar de o Governo e o PSD estarem prestes a sentar-se à mesa para negociar o Orçamento do Estado para o próximo ano, tal como confirmou o ministro da Presidência, no ‘briefing' do conselho de ministros. Pedro Silva Pereira contrariou, contudo, a ideia deixada por Passos Coelho ontem na TVI, de que se poderia mexer no objectivo de reduzir o défice para 4,6% do PIB em 2011.

Já o preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, uma espécie de seguro no caso de incumprimento de uma empresa ou Estado e outra forma de sondar a percepção de risco em relação a Portugal, desce 2,8 pontos base 344,79 pontos base, o que significa que os investidores têm de pagar um seguro anual de 344,79 mil euros por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública portuguesa.

O agravamento dos indicadores de risco da dívida nacional também surge no dia em que Espanha vendeu 3,85 mil milhões de euros em obrigações, abaixo do montante indicativo máximo de 4 mil milhões. Também a França testou hoje os mercados de dívida, tendo colocado com sucesso 8,5 mil milhões de euros, em linha com o esperado.

Dow Jones recupera para níveis da falência da Lehman

O índice industrial Dow Jones, atingiu hoje os 11.205,98 pontos, o valor mais elevado desde a falência do histórico Lehman Brothers, em 2008.

Impulsionados pelos resultados empresariais acima do esperado, as bolsas norte-americanas estão hoje a conquistar ganhos que já levaram o Dow Jones para máximos desde Setembro de 2008, quando o histórico Lehman Brothers declarou falência.

A queda da Lehman esteve na origem da maior crise financeira, que depois também se tornou económica, desde a Grande Depressão, e cujos efeitos ainda estão a fazer-se sentir.

Contudo, na sessão de hoje, o sentimento é de optimismo, depois de várias empresas norte-americanas terem apresentado contas trimestrais que superaram as estimativas do mercado.

É neste cenário que o Dow Jones soma 0,85% para os 11.202,15 pontos, depois de ter estado já a negociar nos 11.205,98 pontos. No mesmo sentido, o índice tecnológico Nasdaq progredia 0,9% enquanto o S&P 500 valorizava 0,83%.

As acções da Ebay, dona do maior site de leilões do mundo, disparavam 8,5%, enquanto os títulos da Freeport-McMoran avançavam perto de 3%.

"Os resultados empresariais têm sido muito bons", comentou Jason Pride, director do departamento de investimentos da gestora Glenmede, à Bloomberg. "Os últimos dados económicos mostram que o mercado do trabalho está a melhorar a um ritmo lento mas na direcção certa", acrescentou.

Os investidores ficaram hoje a saber que os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA baixaram de 475 mil para 452 mil, na semana passada, uma evolução melhor do que a prevista pelos economistas sondados pela Bloomberg.

Emprego e resultados empresariais animam Wall Street

Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA baixaram de 475 mil para 452 mil, na semana passada. O número está a animar os investidores.

Os principais índices americanos abriram hoje em alta, animados com os números divulgados pelo Departamento do Trabalho do país, que deu conta de que foram entregues 452 mil novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos na semana passada.

O número é inferior aos 455 mil previstos pelos economistas consultados pela Bloomberg, e está a dar algum ânimo aos investidores, que se têm mostrado preocupados com o fraco crescimento do mercado de trabalho da maior economia do mundo.

Já a média dos pedidos entregues nas últimas quatro semanas baixou de 462 mil para 458 mil, enquanto o total de norte-americanos que continua a usufruir deste apoio sofreu uma quebra de 9 mil para os 4,4 milhões, o nível mais baixo desde Janeiro.

A motivar os ganhos em Wall Street estão ainda os resultados de algumas empresas, que saíram acima do esperado pelos analistas, como foi o caso da Nokia.

A maior fabricante mundial de telemóveis anunciou hoje que registou um lucro líquido de 529 milhões de euros no terceiro trimestre, o que compara com os prejuízos de 559 milhões de euros registados no mesmo período de 2009.

O resultado da tecnológica excedeu as expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que esperavam em média um lucro de 182,5 milhões de euros. Na reacção, os títulos da Nokia avançavam 6,19% em Nova Iorque.

No mesmo sentido, também a Caterpillar reportou resultados acima do esperado, ao anunciar um lucro de 1,22 dólares por acção, acima dos 1,09 dólares por acção estimados pelos economistas. As acções iniciaram a sessão a ganhar 0,24%.

É neste contexto que o Dow Jones avança 0,55%, enqaunto o S&P 500 dispara 0,54% e o Nasdaq aprecia 0,65%.

BCP vê Galp nos 15,2 euros

Os analistas do Millennium investment banking subiram em 7% o preço-alvo da Galp.

O Millennium IB informou hoje que subiu o 'target' da Galp para 15,20 euros, o que representa uma melhoria de 7% (um euro) face aos anteriores 14,20 euros. A nova avaliação confere à empresa dirigida por Manuel Ferreira de Oliveira um potencial de subida de 16% em relação à cotação actual.

Numa nota de análise a que o Económico teve acesso, a equipa de analistas liderada por Vanda Mesquita explica como é que chegou ao novo preço-alvo para a petrolífera portuguesa: "A actualização das estimativas de lucro da empresa para 2011 adicionaram 1,05 euros ao 'target' da Galp, a actualização do preço do petróleo somou 0,30 euros, os ajustamentos da unidade de Exploração & Produção no Brasil levaram a um aumento de 0,20 euros, a actualização das taxas Dólar/Euro tiraram 0,30 euros e outros ajustamentos conduziram a uma redução de 0,25 euros".

Os peritos do banco de investimento revelam ainda que subiram a recomendação para Galp para ‘comprar', face à anterior avaliação de ‘neutral'.

Na mesma nota de análise, o Millennium IB salienta que as operações da Petrobrás e da Repsol ajudaram a aumentar a visibilidade dos activos da Galp no Brasil e informam que chegaram a novas avaliações para os poços de Tupi e Iara, onde a Galp tem uma participação, ao antecipar os picos de produção para 2021 e 2023, contra a anterior estimativa de 2023 e 2030, respectivamente.

"Esta alteração, precisamente, com os ajustamentos relacionados com a actualização dos preços do petróleo e gás e das estimativas de lucro para 2011, levou-nos a avaliar o Tupi em 4,2 dólares por barril (face aos anteriores 2,8 dólares) e a Iara em 3,3 dólares o barril (contra os anteriores 1,8 dólares)", explicam.

As acções da Galp desciam 0,19% para 13,10 euros (ver gráfico).

Euro volta a quebrar barreira dos 1,40 dólares

A desaceleração da economia norte-americana está a motivar a subida da moeda única.

O euro está hoje a subir 0,58% para 1,4045 dólares, mantendo a tendência de alta iniciada ontem, depois de três sessões em queda.

A puxar pela divisa comunitária estão as "revelações" do Livro Bege da Reserva Federal (Fed) norte-americana. O documento que resulta dos estudos elaborados pelas doze Fed regionais dos Estados Unidos deu ontem conta de que a economia do país continua a crescer, "no seu conjunto", embora a um ritmo lento, o que se deve, sobretudo, ao fraco consumo.

Os dados divulgados ontem sinalizam que a instituição liderada por Ben Bernanke poderá mesmo ter que avançar com novas medidas de estímulo à economia, para além de manter uma política monetária flexível.

Além disso, a moeda única está a beneficiar de um relatório conhecido hoje na Europa, que mostrou que a produção industrial da zona euro subiu inesperadamente, segundo a Bloomberg.

Juro da dívida portuguesa avança rumo aos 5,8%

Os indicadores de risco da dívida de Portugal continuam a subir, com os mercados atentos às negociações do Orçamento.

Pelo terceiro dia consecutivo, o juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos subia 5 pontos base rumo aos 5,784%, depois de ter negociado nos 5,52% no início da semana e de ter fechado nos 5,7% no dia de ontem.

No mesmo sentido, o diferencial destes títulos face às 'bunds' alemãs com a mesma maturidade, que são a referência para o mercado, subiam para 331,4 pontos, após terem encerrado esta segunda-feira nos 314,4 pontos.

Já o preço dos 'credit-default swaps' sobre obrigações do Tesouro a 5 anos, uma espécie de seguro no caso de incumprimento de uma empresa ou Estado, registavam uma queda ligeira de 3 pontos para negociar nos 344 pontos, o que significa que os investidores têm de pagar um seguro anual de 344 mil euros por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública portuguesa.

As atenções dos investidores mantêm-se focadas no cenário de aprovação ou não do Orçamento do Estado para 2011. O ministro da Presidência afirmou ontem à noite que o Governo está disponível para negociar as propostas do PSD para o Orçamento e desafiou o PSD a concretizar a sua "disponibilidade", indicando o seu interlocutor na mesa das negociações com o representante do Governo, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

Já o juro das OT a 10 anos irlandesas - outro país que está na mira dos mercados -, regista um avanço de 4 pontos para os 6,226% face ao nível de fecho no dia de ontem.

BES e EDP castigam PSI 20

A bolsa nacional abriu em queda, em sintonia com as praças europeias, penalizada pelos títulos do BES e da EDP.

O principal índice português, o PSI 20, cedia 0,22% para 7.843,83 pontos, a acompanhar os principais mercados europeus, que seguem pressionados com a notícia de que a economia da China desacelerou no terceiro trimestre.

Também a queda em 74% no lucro do banco francês Credit Suisse, para 609 milhões de francos suíços (452 milhões de euros), no terceiro trimestre, está a pesar no sentimento dos investidores. Em reacção, as acções do banco caem 2,5% na bolsa parisiense.

Por Lisboa, e em sintonia com o sector europeu, os títulos do BES cediam 0,58% para 3,57 euros, enquanto o BCP perdia 0,15%. Já o BPI conseguia escapar as quedas com um avanço de 0,19%.

Também as perdas da EDP pressionavam o PSI 20, com um deslize de 0,75% para 2,65 euros, acompanhada pela Galp, que recuava 0,34% rumo aos 13,08 euros.

Para hoje está agendada a divulgação dos novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos na semana passada, um factor que promete marcar as negociações em Wall Street.

Boeing dispara 3% em Wall Street

Os principais índices norte-americanos fecharam em forte alta, impulsionados pelos bons resultados das empresas.

O industrial Dow Jones avançou hoje 1,18% para 11.107,97 pontos, com a Boeing a protagonizar o melhor desempenho do índice, ao avançar 3,35% para 71,36 dólares. É que a Boeing apresentou hoje um lucro trimestral de 837 milhões de dólares, face a prejuízos de 1,56 mil milhões no mesmo período do ano anterior.

Também a Yahoo! contribuiu para os ganhos em Wall Street, ao avançar 2%, depois de ter visto o seu lucro mais do que duplicar no terceiro trimestre face ao período homólogo, para 396 milhões de dólares.

Foi neste contexto que o Nasdaq e o S&P 500 também encerraram a sessão a valorizar 1,05% e 0,84%, respectivamente, depois do tombo de ontem.

Economia norte-americana cresceu, mas lentamente

A marcar o dia, em Nova Iorque, esteve também a divulgação do Livro Bege da Reserva Federal norte-americana, que deu conta de que a economia norte-americana continua a crescer, "no seu conjunto", embora a um ritmo lento, o que se deve, sobretudo, ao fraco consumo.

"No conjunto, a actividade económica do país continuou a crescer, apesar de [crescer] a um ritmo limitado" em Setembro e nos primeiros dias de Outubro, lê-se no documento, citado pela Bloomberg, e que resulta dos estudos elaborados pelas doze Fed regionais dos Estados Unidos.

O Livro Bege diz ainda que a actividade industrial "continua a progredir" e que as despesas de consumo doméstico, um dos grandes motores da economia, ficaram "estáveis ou em alta ligeira", dependendo das regiões, sendo que os consumidores têm cortado nas despesas e optado somente por bens de primeira necessidade.

A penalizar o consumo está, segundo o banco central, o crescimento do mercado de trabalho, que continua a preocupar os peritos. A Fed diz que "as contratações continuam a ser limitadas, com muitas empresas a mostrar relutância em contratar funcionários em regime efectivo", devido ao estado da economia.

De notar que a taxa de desemprego dos EUA ficou estável nos 9,6% em Setembro, o nível mais elevado dos últimos 26 anos e os peritos acreditam que em 2011 deve fixar-se nos 9%.

Os dados divulgados hoje podem não ser suficientes para fazer acreditar na retoma económica, e sinalizam que a Fed poderá mesmo ter que avançar com novas medidas de estímulo à economia, para além de manter uma política monetária flexível.

A próxima reunião da Fed está agendada para 2 e 3 de Novembro, e os investidores acreditam que no encontro o banco central vai confirmar a sua intenção de voltar ao mercado de dívida, para aumentar a liquidez na maior economia do mundo.

Soares da Costa compra acções próprias

O Grupo Soares da Costa anunciou hoje que adquiriu em bolsa 38 mil acções próprias, por 29,8 mil euros.

A construtora informa, num comunicado enviado ao mercado, que as referidas acções foram compradas na Euronext Lisbon, entre os dias 15 e 20 de Outubro.

Após estas transacções, a Soares da Costa passou a deter 100 mil acções próprias, representativas de 0,0625% do seu capital.

As acções do Grupo Soares da Costa encerraram a sessão de hoje com uma subida de 1,35% para 0,75 euros.

Wall Street acelera mais de 1%

O Dow Jones volta a negociar acima dos 11 000 pontos, graças, sobretudo, ao bom desempenho das tecnológicas.

Os principais índices americanos acentuaram os ganhos em Nova Iorque, com os investidores concentrados nos resultados acima do previsto de algumas das grandes empresas dos EUA, como a Boeing e a Yahoo!.

Neste cenário, o índice industrial Dow Jones avança 1,33%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq aceleram 1,26% e 1,12%, respectivamente.

A Boeing apresentou hoje um lucro trimestral de 837 milhões de dólares, face a prejuízos de 1,56 mil milhões no mesmo período do ano anterior. Em reacção, as acções da empresa avançam 2,38%. Também a Yahoo! viu o seu lucro crescer 113% face a período homólogo, para os 396 milhões de dólares, o que está a levar as acções da tecnológica a valorizarem 3,55% para negociar nos 16,02 dólares.

No mesmo sector, a Apple e a Google também seguem em terreno positivo, a apreciar 1,05% e 1,10%, respectivamente.

Hoje os olhos dos investidores estão também concentrados na divulgação do Livro Bege da Reserva Federal norte-americana, que deverá sinalizar nova entrada do banco central no mercado de dívida, para estimular a economia.

No seu último discurso, Ben Bernanke disse que a instituição está preparada para avançar com mais medidas de estímulo à economia, um assunto que deverá ficar decidido em Novembro, na reunião de dois dias da Fed.

Os economistas esperam que o banco central norte-americano avance com uma nova vaga de compra de títulos de dívida pública, operação conhecida por 'quantitative easing'. Desta forma, a Fed aumentaria a liquidez dos mercados.

Juros da dívida nacional saltam para 5,77%

Os indicadores de risco de Portugal agravam-se no dia em que Passos Coelho impôs condições para viabilizar o Orçamento de 2011.

O juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos subia 17 pontos base rumo aos 5,770%, depois de ter negociado nos 5,52% no início da semana e, no mesmo sentido, o diferencial destes títulos face às 'bunds' alemãs com a mesma maturidade, que são a referência para o mercado, subiam mais de 10 pontos base até aos 329,4 pontos. Na segunda-feira tinham fechado nos 314,4 pontos.

Também o preço dos 'credit-default swaps' sobre obrigações do Tesouro a 5 anos, uma espécie de seguro no caso de incumprimento de uma empresa ou Estado, subiam nove pontos para negociar nos 349,56 pontos, o que significa que os investidores têm de pagar um seguro anual de 349,56 mil euros por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública portuguesa.

As atenções dos investidores têm estado focadas no cenário de aprovação ou não do Orçamento do Estado para 2011. Ontem ficaram a saber-se as condições que o PSD exige para viabilizar o documento. Hoje, Pedro Passos Coelho frisou que o partido se vai abster na votação do Orçamento, mas só se o Governo acautelar essas condições.

Um outro factor que também marcou o dia de hoje foi a emissão de Bilhetes do Tesouro de Portugal. Os juros até desceram em comparação com a emissão anterior de Outubro e a procura superou em 2,4 vezes a oferta.

Os indicadores de risco de Portugal não são os únicos que se agravam no dia de hoje. O juro das OT a 10 anos irlandesas - outro país que está na mira dos mercados -, também está hoje a avançar 13 pontos para os 6,234%.

Euro dispara 2% com expectativas de mais ajudas da Fed aos EUA

A moeda comunitária está a avançar 2% e a anular as perdas da sessão de ontem. Os investidores aguardam o Livro Bege da Fed.

O euro avança 1,78% para negociar nos 1,397 dólares, a beneficiar dos receios em torno da economia norte-americana, que estão a pressionar a 'nota verde'. Esta é a maior subida intradiária da moeda única em quase quatro meses. No dia 1 de Julho o Euro chegou a acelerar 2,5% durante a negociação.

Os olhos dos investidores estão hoje virados para a divulgação do Livro Bege da Reserva Federal norte-americana, que deverá sinalizar que o banco central vai voltar ao mercado de dívida para ajudar à retoma da maior economia do mundo.

No seu último discurso, Ben Bernanke disse que a instituição está preparada para intervir com mais estímulos à economia, um assunto que deverá ficar decidido em Novembro, na reunião de dois dias da Fed.

Os economistas esperam que o banco central norte-americano avance com uma nova vaga de compra de títulos de dívida pública, operação conhecida por 'quantitative easing'. Desta forma, a Fed aumentaria a liquidez dos mercados, afastando um cenário de subida dos juros, o que impede a valorização do dólar.

A penalizar o dólar e, consequentemente, a contribuir para a escalada do euro, está também o anúncio de que a China aumentou a sua taxa de juro pela primeira vez em três anos. O Governo de Pequim anunciou ontem uma subida de 5,31% para 5,56% na sua taxa de referência.

Os analistas da Macquarie começaram a seguir as acções da retalhista com um 'target' de 8,8 euros e uma recomendação de ‘underperform’. Os analistas

Os resultados acima do esperado da Boeing e da Yahoo! animaram a abertura da negociação em Wall Street.

As bolsas em Nova Iorque abriram a negociação em alta, com os investidores animados pelos resultados das empresas norte-americanas. O Dow Jones avançava 0,34%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq apreciavam 0,39% e 0,44%, respectivamente.

A Boeing anunciou hoje que teve um lucro de 837 milhões de dólares no último trimestre, valor que compara com um prejuízo de 1,56 mil milhões de dólares registados no mesmo período do ano anterior. Em relação às vendas, registou-se um aumento de 1,7% para 17 mil milhões de dólares, acima dos 16,8 mil milhões estimados pelos analistas consultados pela Bloomberg.

Na reacção, os títulos da Boeing seguem a valorizar 1,52% para 70,04 dólares, em Nova Iorque.
"Temos tido uma quantidade de empresas a apresentar resultados que indicam que o mundo não está a desabar", disse Lawrence Creatura, da Federated Investors, à Bloomberg.

Destaque ainda para as acções da Microsoft (0,56%) e da Dell (0,52%) que recuperam da sessão negativa que ontem arrastou as tecnológicas para o ‘vermelho'.

Macquarie inicia Jerónimo Martins com 'target' de 8,8 euros

Os analistas da Macquarie começaram a seguir as acções da retalhista com um 'target' de 8,8 euros e uma recomendação de ‘underperform’.

Os analistas da Macquarie começaram a seguir as acções da retalhista com um 'target' de 8,8 euros e uma recomendação de ‘underperform'.

A casa de investimento australiana avalia a Jerónimo Martins em 8,8 euros por acção, valor inferior em 10% ao preço actual, frisando que a empresa está sobrevalorizada.
A Macquarie considera que 2010 será provavelmente um ano muito favorável para as margens na Polónia, enquanto o mercado português oferece um potencial de crescimento limitado.

Os analistas desta casa de investimento defendem que a entrada da Jerónimo Martins num terceiro mercado é essencial para o crescimento da empresa, e que tudo aponta para que seja no Brasil, acrescentando, contudo, que dificilmente conseguirá replicar nesse país o modelo da polaca Biedronka.
"Iniciámos a cobertura da Jerónimo Martins com um rating de ‘underperform' e um preço-alvo de 8,8 euros", refere a Macquarie numa nota de análise citada pela "Reuters", sublinhando que "continuamos a preferir a história atractiva da reviravolta da Carrefour e o valor da Ahold".

As acções da Jerónimo Martins estavam hoje a recuar 0,33% para 9,85 euros.

Euribor a 12 meses supera os 1,5%

As taxas europeias voltaram hoje a subir em todos os prazos e estão no nível mais elevado em pelo menos 15 meses.

A Euribor a 12 meses atingiu hoje os 1,506%, um máximo de Junho de 2009. Este indexante já não desce há 19 sessões consecutivas.

O mesmo sucede com a taxa a três meses, que serve de referência no cálculo dos juros dos Certificados de Aforro, e que hoje avançou para 1,016%, ao passo que a maturidade a seis meses, a mais usada no cálculo dos juros do crédito à habitação em Portugal, subiu pela décima sessão consecutiva e fixou-se nos 1,239%. Em ambos os casos, este é o valor mais elevado da taxa em pelo menos 15 meses.

As Euribor seguem habitualmente a taxa de juro de referência do BCE, que se encontra no mínimo recorde de 1% desde Maio de 2009, e influenciam directamente a prestação da casa e os empréstimos concedidos pelos bancos às empresas.

Risco de Portugal pouco alterado, Juros acima de 5,5%

Num dia em Portugal vai ao mercado vender Bilhetes do Tesouro, os indicadores de risco da dívida nacional seguem estáveis.

O juro das obrigações do Tesouro a 10 anos avança hoje uns ligeiros quatro pontos base para 5,530%. Com uma subida mais expressiva, os juros da dívida irlandesa da mesma maturidade agravam-se em nove pontos base para 6,193%.

No mesmo sentido, o diferencial das obrigações do Tesouro a 10 anos face às ‘bunds' alemãs da mesma maturidade, indicador de risco conhecido por ‘spread', soma três pontos base para 321,6 pontos base.

Também o preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, outra forma de sondar a percepção de risco em relação a Portugal, cresce 2,7 pontos base 343,33 pontos base.

O IGCP vai hoje ao mercado vender 750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com maturidade a 12 meses (Outubro de 2011). Será uma oportunidade para aferir o sentimento dos investidores em relação à situação política em Portugal, depois de ontem o PSD ter adiado o anuncio do sentido de voto do partido no Orçamento e exigido condições ao PS para aprovar o documento que vai ditar o destino do país no próximo ano.

O presidente do IGCP, Alberto Soares, disse ontem que a evolução do risco nacional nos últimos dias deixa bons indícios para hoje em termos de procura e preço.

Bancos perdem 1% e ditam queda da bolsa

A praça nacional negoceia no vermelho, arrastada pelos títulos da banca, no dia em que Portugal volta a testar os mercados de dívida.

O principal índice português, o PSI 20, cede 0,48% para 7.861.74 pontos (ver gráfico), com 14 cotadas negativas, em linha com os restantes mercados europeus.

Os desenvolvimento em torno do Orçamento vão continuar a captar a atenção dos investidores, depois de Passos Coelho ter imposto condições para dar luz verde ao Orçamento, que já foram criticadas pelo líder parlamentar do PS.

A marcar o dia está tambem uma emissão de dívida que Portugal vai realizar esta manhã. O IGCP vai ao mercado vender 750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com maturidade a 12 meses (Outubro de 2011. Será uma oportunidade para aferir o sentimento dos investidores em relação à situação política em Portugal, depois de ontem o PSD ter adiado o anúncio do sentido de voto do partido no Orçamento e exigido condições ao PS para aprovar o documento que vai ditar o destino do país no próximo ano.

Os títulos dos bancos - os mais expostos ao risco da dívida soberana - estão hoje em destaque pelos piores motivos. O BCP cede 0,74%, ao mesmo tempo que o BES perde 1,39% e o BPI regride 0,93%.

Os títulos da EDP também pressionam a Euronext Lisbon, com uma queda de 0,7%.

Nota ainda para a Portugal Telecom (PT), que cede 0,5%. O Diário Ecnómico avança hoje que a Comissão Europeia vai investigar o acordo estabelecido entre a empresa portuguesa e a espanhola Telefónica, por altura da venda da Vivo, que manteve o pacto de não concorrência entre as empresas dentro do mercado ibérico.

Financeiras afundam em Wall Street

Os principais índices americanos viveram a pior sessão desde Agosto e deslizaram mais de 1%. O Dow Jones voltou a fechar abaixo dos 11 mil pontos.

Os receios em torno da recompra de crédito hipotecário de má qualidade penalizaram os títulos das financeiras, em Nova Iorque. O Citigroup escorregou 2,64%, enquanto o JP Morgan perdeu 1,34%.

Fontes próximas deste assunto disseram à Bloomberg que a Pacific Investment Management e a BlackRock, duas companhias de investimento, juntamente com a Reserva Federal de Nova Iorque, deverão obrigar o Bank of America a recomprar os contratos de crédito à habitação que foram 'mascarados' em 47 mil milhões de dólares de obrigações.

Na semana passada já corriam rumores de que as autoridade podiam tomar atitudes deste género, devido ao facto de vários bancos norte-americanos terem executado ilegalmente hipotecas, quando os clientes entravam em incumprimento das prestações do crédito à habitação.

Neste contexto, o Bank of America tombou 4,38%, castigado também pelos resultados trimestrais que apresentou hoje ao início do dia. O maior banco dos EUA revelou que registou um prejuízo líquido de 7,3 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano, um resultado que se deve, sobretudo, segundo o banco, aos custos inerentes às novas regras do crédito ao consumo que geraram perdas de 10,4 mil milhões de dólares.

Sem esse item tido como extraordinário, o maior banco dos EUA teria lucrado 3,1 mil milhões de dólares, ou 0,27 dólares por acção, entre Julho e Setembro, o que compara com as perdas de mil milhões de dólares sofridas em igual período de 2009.

A pesar no sentimento dos investidores estiveram ainda as perspectivas de crescimento da Apple para o próximo trimestre, que ficaram aquém do esperado pelos analistas.

As acções da empresa deslizaram 2,67%, em linha com outras tecnológicas como a Microsoft (-2,79%) e a Dell (-1,17%).

A ensombrar a negociação em Nova Iorque esteve também o anúncio de que a China aumentou a sua taxa de juro pela primeira vez desde 2007. O governo de Pequim subiu a taxa de 5,31% para 5,56%, o que poderá fazer reduzir as importações por parte do gigante asiático.

Foi neste cenário que o Dow Jones recuou 1,48% para 10.978,62 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq deslizaram 1,59% e 1,76%.

Sumol já detém 2,29% do capital próprio

A SUMOL+COMPAL anunciou hoje que comprou em bolsa mais duas mil acções da empresa, por um total de 9 mil euros.

A empresa informa, num comunicado enviado hoje ao mercado, que as referidas acções foram compradas na Euronext Lisbon, entre os dias 15 e 19 de Outubro, ao preço unitário de 1,13 euros.

Após estas transacções, a SUMOL+COMPAL passou a deter mais de 2.289.625 acções próprias, representativas de 2,29% do capital social da sociedade.

BCP reforça posição na Cofina

A Cofina anunciou hoje que Millennium bcp comprou na semana passada 80 mil acções da empresa, passando a deter 3,2% do capital.

O grupo de media informa, num comunicado enviado hoje ao mercado, que as referidas acções foram compradas em bolsa no passado dia 15 de Outubro.

Após esta transacção, a Millennium bcp - Gestão de Fundos de Investimento, em representação dos fundos mobiliários por si geridos, passou a deter 3,3 milhões de acções da Cofina, equivalentes a 3,22% do capital e direitos de voto.

As acções da Cofina encerraram a sessão de hoje a perder 2,56% para 0,76 euros.

Banif dispara 6% e negocia sete vezes mais acções

O Banif registou hoje o melhor desempenho em Lisboa, com uma avanço de 6,14%, à boleia de uma nota de análise do UBS.

Os títulos do Banif dispararam hoje 6,14% para 1,21 euros, o que corresponde ao melhor desempenho desde 8 de Outubro, quando escalaram 6,42%.

Na sessão de hoje trocaram de mãos mais de 2,8 milhões de papéis do Banif, mais de sete vezes do que o número de acções negociadas diariamente nos últimos 12 meses, que ronda os 380 mil títulos.

Este desempenho surge no dia em que o UBS adicionou o banco à sua "M&A Watch List", um conjunto de títulos onde o banco espera novidades em termos de fusões & aquisições.

Numa nota de análise a que o Económico teve acesso, o UBS diz que potenciais candidatos para fazer negócio na banca em Portugal poderiam vir, nesta altura, de Angola, que controla 10% do BCP, do Brasil, com o Itaú a deter 18% do BPI e o Bradesco com 3% do BES, ou então de alguns ‘players' do Reino Unido, como o Barclays.

Um negócio com o Barclays, por exemplo, faria o banco britânico" chegar às 700-800 sucursais face às 200 existentes, enquanto o Banif poderia ficar com mais 478 sucursais", nota o UBS.

O banco suíço tem uma recomendação de 'comprar' e um preço-alvo de 1,14 euros para as acções do Banif.

Com o desempenho de hoje, o saldo negativo do Banif baixou para 3% desde o início do ano.

China derruba euro e petróleo

O aumento dos juros na China está a castigar o euro e o petróleo. A matéria-prima escorrega mais de 2% nos mercados internacionais.

O crude escorregava 2,36% para 81,12 dólares, em Nova Iorque, enquanto o barril de ‘brent', a referência para as importações portuguesas, tombava 2,18% para 82,53 dólares. O ‘ouro negro' anula assim, praticamente, os ganhos de mais de 2% da sessão de ontem.

Também o euro está em queda de 0,8% para negociar nos 1,382 dólares.

Os mercados cambial e energético estão a viver um dia negativo, com a notícia sobre o aumento da taxa de juro na China a pesar no sentimento dos investidores. É que, pela primeira vez desde 2007, o Governo de Pequim decidiu aumentar os juros no país, de 5,31% para 5,56%.

Esta subida dá sinais de que as importações do gigante asiático podem diminuir e agrava os receios sobre o possível abrandamento da economia chinesa.

Wall Street cai mais de 1% com aumento do juro na China

O governo chinês anunciou hoje uma subida na taxa de juro de 5,31% para 5,56%, o que está a castigar os índices em Wall Street.

Os principais índices norte-americanos acompanham as quedas dos pares europeus e iniciaram a sessão no ‘vermelho'. O Dow Jones deslizava 1,26 %, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq perdiam 1,25% e 1,68%, respectivamente.

A penalizar os mercados está sobretudo, o anúncio de que a China aumentou a sua taxa de juro, pela primeira vez em três anos, bem como os resultados do Bank of America, e os resultados da Apple, anunciado ontem à noite, após o fecho dos mercados.

O Bank of America anunciou hoje que registou um prejuízo líquido de 7,3 mil milhões de dólares no terceiro trimestre do ano, um resultado que se deve, sobretudo, segundo o banco, aos custos inerentes às novas regras do crédito ao consumo que geraram perdas de 10,4 mil milhões de dólares. Na reacção, os títulos do maior banco dos EUA abriram a sessão a perder 0,49%.

Já a Apple garantiu um resultado líquido de 4,3 mil milhões de dólares entre Julho e Setembro, mais 70% face a período homólogo. Um dos trunfos da tecnológica foi o iPad, que vendeu 4,19 milhões de unidades, acima dos 4,5 milhões previstos pela empresa.

No entanto, as perspectivas avançadas pela Apple para o presente trimestre parecem ter decepcionado os investidores, que vêm agora as acções da tecnológica escorregar 4,48%.

A marcar o dia em Nova Iorque estão ainda os números relativos ao sector imobiliário. O Governo norte-americano anunciou hoje que os construtores voltaram a investir nos imóveis, e que a construção de casas está a crescer a um ritmo de 610 mil ao ano, o ritmo mais rápido desde Abril.

"Ao menos estamos a fazer alguns progressos aqui", disse John Herrman, da State Street Global, á Bloomberg, "É um avanço, ainda que lento, no sector da construção", concluiu.

Taxas Euribor acentuam subidas

As taxas europeias continuam a acelerar em todos os prazos, mantendo-se em máximos de pelo menos 15 meses.

A Euribor a seis meses, a mais usada no cálculo dos juros do crédito à habitação em Portugal, registou hoje a maior subida das últimas nove sessões, ao escalar para 1,231%, o valor mais elevado desde Julho de 2009.

Já a taxa a três meses, que serve de referência no cálculo dos juros dos Certificados de Aforro, avançou para 1,008%, enquanto a taxa a 12 meses progrediu para 1,499%. Estes dois indexantes já não descem há 18 sessões e também estão a renovar máximos de 15 meses.

As Euribor seguem habitualmente a taxa de juro de referência do BCE e influenciam directamente a prestação da casa e os empréstimos concedidos pelos bancos às empresas.

Na última reunião de política monetária, os governadores do BCE optaram de novo por não mexer no preço do dinheiro na zona euro, deixando a sua principal taxa de juro no mínimo recorde de 1%, onde permanece desde Maio de 2009.

Juros de Portugal caem abaixo de 5,4% e descolam da Irlanda

A expectativa de aprovação do OE continua a tranquilizar os investidores no dia em que o PSD anuncia o seu sentido de voto.

É que o juro das obrigações do Tesouro a 10 anos cai hoje seis pontos para 5,352%, um mínimo de Agosto, depois de terem chegado aos 6,5% a 28 de Setembro. Já os juros da dívida irlandesa da mesma maturidade agravam-se para 5,906%.

Há cinco sessões que as 'yields' nacionais não param de descer. Na sexta-feira, o dia em que foi apresentado o Orçamento, os juros caíram para os 6%, o que já não acontecia há um mês.

No mesmo sentido, o diferencial das obrigações do Tesouro a 10 anos face às ‘bunds' alemãs da mesma maturidade, indicador de risco conhecido por ‘spread', cai dois pontos base para 312,4 pontos base.

Já o preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, outra forma de sondar a percepção de risco em relação a Portugal, segue praticamente estável nos 344,53 pontos base.

A queda dos indicadores de risco nacionais surge apesar dos comentários da Moody's para Portugal onde alerta para um possível ‘downgrade'. "Uma contínua deterioração da capacidade de pagar a dívida é uma possibilidade real, que poderá levar a uma reavaliação do ‘rating' de Portugal", afirmou ontem o vice-presidente da agência que segue a economia nacional.

Lisboa em alta, Resultados nos EUA centram atenções

A praça nacional arrancou em alta ligeira num dia em que os resultados do Bank of America e Goldman Sachs vão concentrar as atenções.

O índice PSI 20 valorizava 0,1% para 7.868,46 pontos numa altura em que as principais bolsas europeias negoceiam em terreno negativo. Lá por fora o dia promete ficar marcado pela ‘earnings season' norte-americana: Bank of America, Goldman Sachs, Johnson & Johnson, Coca Cola e Yahoo apresentam hoje resultados.

Já a marcar o andamento da bolsa nacional, bem como dos indicadores da dívida portuguesa, estarão sobretudo as expectativas quanto à aprovação do Orçamento de Estado - o PSD anuncia hoje o seu sentido de voto - e os comentários da agência Moody's para Portugal. "Uma contínua deterioração da capacidade de pagar a dívida é uma possibilidade real, que poderá levar a uma reavaliação do ‘rating' de Portugal", disse o vice-presidente da agência que segue a economia portuguesa.

A nível empresarial, as acções dos bancos - os mais expostos ao risco da dívida soberana - seguiam todas positivas: BCP avançava 0,6% e BES e BPI ganhavam 0,39% e 0,63%, respectivamente.

No mesmo sentido, os títulos da Mota-Engil apreciavam 0,61% num dia em que a construtora oficializa a criação da sua sucursal em território angolano.

Nos restantes títulos mais influentes em Lisboa, a PT deslizava 0,25% a EDP progredia 0,33% e a Galp recuava 0,11%.

Axel Weber provoca polémica no seio da União Europeia e dos mercados

Os comentários de Axel Weber, presidente do Bundesbank, sobre a possível paragem do programa de compra de obrigações do tesouro de países com maiores dificuldades, têm levantado alguma polémica.

Bolsas:

"Índice do medo" em mínimos de 5 meses
Na semana passada, o indicador Chicago Board Options Exchange Market Volatility Index (VIX) registou um mínimo de 5 meses no seguimento de uma tendência descendente que tem vindo a ser verificada desde Maio.

O VIX é um indicador que permite medir as expectativas de volatilidade a 30 dias implícita nas opções do índice norte-americano S&P 500, sendo muitas vezes apelidado de "fear índex" (índice do medo), dado que reflecte as preocupações dos investidores relativamente ao possível intervalo de variação das bolsas.

Se analisarmos a volatilidade subjacente ao comportamento dos retornos diários históricos do índice norte-americano a 30 dias, verifica-se uma forte correlação com o indicador VIX, sugerindo que a volatilidade implícita nas opções representa uma boa previsão da volatilidade efectiva do S&P 500.

Dívida:

Papel de segurança do BCE pode estar em risco
Axel Weber, presidente do Bundesbank e mais que provável futuro presidente do Banco Central Europeu (BCE), chamou a atenção para uma possível paragem do programa de compra de obrigações soberana de países com maiores dificuldades por parte do BCE. Os opositores a esta atitude referem que é essencial que os mercados sintam que há "alguém" por trás que impeça que os títulos de dívida destes países entrem numa espiral de descida. A saída de cena do BCE poderá levar a uma queda da confiança e forçar que países como Portugal passem a pagar taxas ainda mais elevadas em futuras emissões.

Câmbios:

Tensão no mercado cambial longe de estar terminada
É provável que se esteja a chegar a um ponto perigoso em que os governos comecem a perder a paciência com a China, embora conscientes que não há muito a fazer para além da negociação. Entrar numa guerra cambial, ou numa ronda de proteccionismo de outro tipo à escala global colocaria a recuperação económica em "xeque" e atrasaria o processo económico e tecnológico e de nivelamento social que a globalização tem promovido. Nas últimas semanas já se pronunciaram sobre o tema o FMI, o Brasil, a União Europeia, os EUA, o Japão e a China.

Talvez a melhor forma de ir impedindo a China de aumentar o seu poder seja através de impedimento de continuar a acumular dívida externa já que, no fundo, os devedores estarão sempre muito dependentes dos seus credores.

Matérias-primas:

Algodão sobe com procura dos consumidores chineses
Os preços do algodão estão nos níveis mais altos dos últimos 15 anos.

A forte procura por esta fibra, principalmente por parte dos consumidores chineses é o factor principal responsável pela sua valorização.

Ainda que as projecções apontem para uma abundante produção dos EUA para esta temporada, as más condições climáticas que atingiram a China e o Paquistão causaram danos nas culturas que tiveram repercussões negativas na produção mundial e respectivos ‘stocks'. Mas também a limitação de exportações imposta pela Índia tem contribuído para esta situação.

Desta forma, os problemas de abastecimento mundial aliados ao forte consumo têm impulsionado os preços desta matéria-prima, continuando a elevá-los embora a um menor ritmo.

Além destes fundamentais, a desvalorização do dólar tem igualmente contribuído para este panorama de subida de preços.

Apple ainda não foi convidada para o Dow Jones

A tecnológica é a segunda empresa mais valiosa dos EUA. Mas para os peritos a tecnológica tem uma falha: ainda não foi convidada para integrar o Dow Jones.

HP, Microsoft, Cisco, Intel e IBM já fazem parte do grupo de elite que integra o Dow Jones 30. Mas a Apple, mais valiosa do que qualquer uma delas, ainda não teve a honra de ser convidada a juntar-se aos veneráveis.

A fabricante do iPad vale, em termos de ‘market cap', cerca de 290 mil milhões de dólares, um feito notável que a coloca atrás, apenas, da Exxon Mobil (avaliada em 329 mil milhões de dólares).

Segundo o ‘Los Angeles Times', o Dow Jones não tem regras rígidas sobre quais as empresas que podem fazer parte do índice, dizendo apenas que devem ter "uma excelente reputação, demonstrar um crescimento sustentável, ser do interesse de um grande numero de investidores e representar bem o sector".

Então qual será o problema de a Apple se juntar ao grupo de elite? Segundo John Prestbo, responsável pelos índices Dow Jones, o problema é o preço elevado dos títulos da empresa (318 dólares, na cotação de fecho de hoje).

É que o Dow Jones é um índice regulado pelo preço dos títulos das suas cotadas, o que quer dizer que as empresas com os títulos mais valiosos pesam mais, positiva ou negativamente.

Isto significa que a IBM é actualmente a cotada mais valiosa do índice (142 dólares por acção), enquanto o Bank of America é dos que menos pesa (12,34 dólares por acção). Ora, introduzir no índice a Apple, com a actual cotação de mercado, iria criar um desequilíbrio enorme, nota o responsável.

"Acrescentar a Apple, com as suas acções a 300 dólares, ia distorcer o índice", dis Prestbo. "Para as trinta cotadas trabalharem em conjunto, os seus preços devem estar relativamente equilibrados", concluiu.

A Apple poderia tentar separar as suas acções para conseguir baixar a cotação do seu papel e tentar assim entrar no Dow Jones, mas, segundo declarações da porta-voz da tecnológica, não parece interessada nesse cenário. Pelo menos para já.

Citigroup dispara 6% e puxa por Wall Street

As bolsas norte-americanas fecharam em alta, puxadas pelos títulos da banca, numa reacção aos bons resultados do Citigroup.

Os investidores ficaram hoje a saber que o Citi teve um lucro de 2,17 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) ou 0,07 dólares por acção no terceiro trimestre do ano, acima dos 0,05 dólares esperados pelos analistas.

Em reacção, as acções do Citigroup dispararam 5,57% para 4,17 dólares e impulsionaram o sector da banca em Wall Street. Os títulos do JPMorgan e Bank of America também fecharam com avanços 3%.

"Mantemo-nos optimistas em relação ao mercado, baseados nas contas reveladas e nas expectativas de que a Reserva Federal avance com novas medidas para ajudar a economia", comentou à Bloomberg Stewart Beach, estratega na Old Second National Bank.

"Até o Citigroup teve resultados acima do esperado, o que é surpreendente face aos problemas do sector imobiliário", acrescentou.

Foi neste cenário que o índice industrial Dow Jones progrediu 0,73%, enquanto o tecnológico Nasdaq e o S&P 500 subiram 0,5% e 0,7%, respectivamente.

Petróleo dispara mais de 2% com greve nas refinarias francesas

O preço do petróleo voltou aos ganhos, depois de duas sessões em queda, impulsionado pelos receios sobre a greve nas refinarias francesas.

O preço do barril de crude avançava 2,20% para 83,04 dólares, em Nova Iorque, enquanto o preço do barril de 'brent', a referência para as importações portuguesas, subia 2,34% para 84,38 dólares, em Londres.

A alavancar os preços do petróleo estão os receios em torno da greve das refinarias em França, o segundo maior mercado de combustíveis da Europa.

Desde a semana passada que as refinarias francesas estão paradas, e, segundo informações da agência Bloomberg, 15% das 12 mil bombas de serviço do país já estão sem combustível.

Ao longo do dia de hoje foram também surgindo alguns rumores, na imprensa internacional, sobre a possibilidade de os aeroportos franceses terem de interromper a sua actividade por falta de combustível. No entanto, o Governo de Sarkozy garante que a situação está controlada.

"A duração da greve das refinarias franceses está a transformar-se num acontecimento para o sector", disse John Kilduff da Again Capital, à Bloomberg. "A força da greve está a dar força aos preços do petróleo", acrescentou.

A paralisação das refinarias francesas acontece no contexto da greve geral que começou na passada terça-feira, contra o aumento da idade da reforma dos 60 para os 62 anos. O Palácio do Eliseu, no entanto, já fez saber que não está disposto a ceder um milímetro nesta resolução.

EDP Renováveis dispara mais de 3%

A energética liderada por Ana Maria Fernandes liderou hoje os ganhos no PSI 20 e no sector na Europa.

As acções da EDP Renováveis fecharam hoje a subir 3,44% para 4,27 euros, tendo chegado a disparar 4,6% para 4,32 euros durante a sessão, o que corresponde ao preço mais elevado em um mês e o melhor desempenho para o papel desde o início de Julho.

Na sessão de hoje foram negociadas 3,18 milhões de acções da empresa dirigida por Ana Maria Fernandes, o triplo da média diária deste ano, de 1,1 milhões.

Isto num dia em que o HSBC reiterou a recomendação de ‘overweight' para as acções da Renováveis, assim como o 'target' de 7,25 euros por acção, o que lhe atribui um potencial de subida de 70% face à actual cotação. Numa nota de análise de hoje, o banco britânico afirma que "as acções são muito atractivas numa perspectiva de longo prazo" e aponta como catalisadores para o título "os resultados e novas instalações no próximo ano".

Apesar dos ganhos de hoje, as acções da Renováveis acumulam ainda uma desvalorização de 35% este ano, o segundo pior desempenho no PSI 20 em 2010, apenas superado pelos títulos da Mota-Engil, que registam perdas de 45%.

Juros de Portugal afundam para baixo dos 5,5%

A percepção de risco da parte dos investidores em relação a Portugal continua a aliviar, um sinal de que o mercado acredita na viabilização do Orçamento.

É que o juro das obrigações do Tesouro a 10 anos cai hoje 23 pontos base para 5,40%, um mínimo de Setembro, numa reacção do mercado à proposta do Orçamento para 2011.

"A expectativa de aprovação do Orçamento está hoje a beneficiar as 'yields' das obrigações do Tesouro", explicou Alfredo Mendes, ‘trader do Banco Best', à Reuters.

Há quatro sessões que as 'yields' nacionais não param de descer. Na sexta-feira, o dia em que foi apresentado o Orçamento, os juros caíram para os 6%, o que já não acontecia há um mês.

Desde que atingiram o máximo histórico de 6,512%, a 28 de Setembro, na véspera do anúncio do terceiro pacote de medidas de austeridade, as 'yields' já recuaram 100 pontos base.

No mesmo sentido, o diferencial das obrigações do Tesouro a 10 anos face às ‘bunds' alemãs da mesma maturidade, indicador de risco conhecido por ‘spread', afunda 25 pontos base para 311,2 pontos base.

Também o preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, outra forma de sondar a percepção de risco em relação a Portugal, cai 7,2 pontos base para 351,46 pontos base, a descida mais expressiva em todo o mundo.

Os analistas do BPI explicam hoje, no Diário de Bolsa, que "tal como em Maio, as medidas de austeridade do Governo foram novamente bem acolhidas pelo mercado de dívida".

Mas não são só os indicadores de risco de Portugal que estão a dar sinal do alívio dos receios dos investidores. O juro das Obrigações a 10 anos da Irlanda, que também está na mira dos mercados, desce hoje 13 pontos base para 5,878%.

Lucros do Citi não convencem Wall Street

As bolsas americanas começaram a negociar em queda, depois de revelado que a produção no país caiu pela primeira vez em mais de um ano.

O índice industrial Dow Jones cedia 0,06%, enquanto o tecnológico Nasdaq deslizava 0,19% e o S&P 500 descia 0,12%.

Estes desempenhos surgem depois de os investidores terem ficado hoje a saber que a produção das fábricas, minas e empresas que trazem aos lares domésticos electricidade, água e gás, desceu 0,2% em Setembro, nos Estados Unidos, o que corresponde ao primeio recuo desde Junho de 2009.

Esta queda contrasta com a previsão dos economistas sondados pela Bloomberg, que esperavam um aumento de 0,2% no mês passado.

A impedir maiores perdas em Wall Street estão os resultados do Citigroup, que saíram acima do esperado no terceiro triemstre.

O banco norte-americano conquistou lucros de 2,17 mil milhões de dólares, ou 0,07 dólares por acção, acima dos 0,05 dólares esperados pelos analistas.

Em reacção, as acções do Citigroup subiam 1,4% para 4,01 dólares.

"É uma grande semana em termos de apresentação de resultados. As pessoas estão a partir do princípio de que mesmo que as empresas apresentem resultados acima do esperado, não há muito espaço para subidas", comentou à Bloomberg, John Haynes, chefe do departamento de notas de análise do Rensburg Sheppards.

Acções da Renováveis disparam 4%

A eléctrica dirigida por Ana Maria Fernandes segue em forte alta, num dia de ganhos em Lisboa.

As acções da EDP Renováveis avançam 3,8% para 4,288 euros (ver gráfico), um máximo de um mês. A eólica está a caminho da quarta sessão consecutiva de ganhos, depois da forte pressão vendedora de que foi alvo.

"A EDP Renováveis foi muito castigada nos últimos tempos, tal como as congéneres, e parece estar aqui a ganhar vida", explicou Paulo Agostinho, ‘trader' da Fincor, à Reuters.

Porém, segundo o especialista, este movimento de recuperação pode não durar até ao final da sessão, já que "há muitos investidores que entraram nos quatro euros e poderão sair já hoje para realizar algumas mais-valias".

Hoje a Renováveis já negociou 1,1 milhões de acções, o que corresponde à liquidez média diária dos últimos doze meses.

Apesar da prestação de hoje, a Renováveis acumula um saldo negativo de 36% este ano.

O índice que reúne as principais cotadas nacionais, o PSI 20, sobe 0,5% para 7.850,75 pontos, enquanto as restantes praças europeias seguem mistas, com os investidores à espera de resultados empresariais nos EUA, nomeadamente do Citigroup, da Apple e da IBM.

BCP avança 2% e leva bolsa para zona de ganhos

A bolsa portuguesa inverteu a tendência negativa da abertura e segue a valorizar 0,5%. O BCP lidera as subidas em Lisboa.

O índice que reúne as principais cotadas nacionais, o PSI 20, soma 0,52% para 7.852,17 pontos, enquanto os restantes mercados europeus seguem maioritariamente no vermelho, depois de ter sido conhecido o Orçamento para 2011.

Em Lisboa, as acções do BCP são as que mais brilham, com uma subida de 2,29% para 0,67 euros, depois de a instituição ter comunicado este fim-de-semana que concluiu a venda da totalidade da rede de sucursais que detinha nos EUA ao banco norte-americanos Investors Savings Bank, assim como a sua base de depósitos e parte da carteira de crédito.

"A questão da venda das actividades norte-americanas está a suportar estes ganhos no Millennium bcp. Representa um encaixe significativo", comentou Alfredo Mendes, trader do Banco Best, à Reuters.

No mesmo sentido, o BES valoriza 0,61% e o BPI aprecia 0,31%.

Os ganhos do sector financeiro surgem num dia em que os indicadores do risco da dívida de Portugal mantêm a tendência de descida iniciada na semana passada, perante os sinais de que o Orçamento será aprovado no Parlamento.

"Este desempenho positivo do sector financeiro e da bolsa tem a ver com o facto de o Orçamento ser restritivo, o que agrada aos credores", explico Pedro Pintassilgo, ao Económico.

O analista da F&C sublinhou ainda que "Portugal vai ver as portas do financiamento externo abertas aos bancos, o que já não acontecia há algum tempo".

A impulsionar a Euronext Lisbon estão também os títulos da EDP. A eléctrica ganha 1,05% para 2,70 euros, ao mesmo tempo que a Renováveis soma 1,43%.

Nota ainda para a Portugal Telecom (PT), que valorizar 0,25%. O Diário Económico notícia hoje que a entrada da empresa portuguesa no capital da brasileira Oi deverá ser aprovada pela Autoridade Nacional das Telecomunicações (Anatel) na próxima quinta-feira, dia 21 de Outubro. Este procedimento permitirá às duas empresas concluírem o acordo para a compra de uma participação de 23% pela operadora liderada por Zeinal Bava, por 3,7 mil milhões de euros, sendo que o negócio deverá ser formalizado até ao início de Novembro.

Ainda nas telecomunicações, a Zon cresce 1,26%, na semana em que vai apresentar as contas trimestrais, inaugurando a apresentação de resultados das cotadas do PSI 20.

A Mota-Engil segue igualmente com ganhos superiores a 1%. A construtora formaliza amanhã a parceria com a Sonangol e com o Banco Privado Atlântico (BPA) para a criação de uma nova empresa de direito angolano, a Mota-Engil Angola. António Mota, presidente da construtora portuguesa, revelou ao Diário Económico que "esta parceria torna-nos numa empresa de direito angolano com maior capacidade para crescer".

A impedir um cenário mais positivo em Lisboa está a Galp, que cede 0,22%, a acompanhar a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

Euribor a três meses já está nos 1%

A maturidade a três meses subiu pela 15ª sessão, fixando-se ao mesmo nível da taxa de juro de referência do BCE, de 1%

A Euribor a três meses, que serve sobretudo de referência nos empréstimos às empresas, acelerou hoje para 1%, um máximo de Julho de 2009 e o valor de referência dos juros na zona euro.

Já a taxa a seis meses, a mais usada no cálculo dos juros do crédito à habitação em Portugal, subiu para 1,223% e a maturidade a 12 meses avançou para 1,492%. Estes dois indexantes estão também no nível mais elevado dos últimos 15 meses.

As Euribor seguem habitualmente a taxa de juro de referência do BCE e influenciam directamente a prestação da casa e os empréstimos concedidos pelos bancos às empresas.

Na última reunião de política monetária, ao início do mês, os governadores do BCE decidiram de novo não mexer no preço do dinheiro na zona euro, deixando a sua principal taxa de juro no mínimo recorde de 1%, onde permanece desde Maio de 2009.

Juros da dívida nacional continuam abaixo de 6%

A percepção de risco da parte dos investidores em relação a Portugal não apresenta alterações significativas. Os juros continuam abaixo dos 6%.

Os indicadores do risco da divisa de Portugal agravam-se hoje ligeiramente, depois de na sexta-feira terem registado descidas acentuadas, um sinal de que o mercado acredita na viabilização do OE.

O juro das obrigações do Tesouro a 10 anos avança dois pontos para 5,653%, numa primeira reacção do mercado à apresentação da proposta do Orçamento para o próximo ano.

Também o diferencial destes títulos face às ‘bunds' alemãs da mesma maturidade, indicador de risco conhecido por ‘spread', sobe um ponto base para 337 pontos base.

No mesmo sentido, o preço dos ‘credit default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, outra forma de sondar a percepção de risco para com Portugal, cresce 7,4 pontos base para 366 pontos base.

"As questões relacionadas com o Orçamento de Estado continuaram a ser o principal tema do mercado nacional. Tal como em Maio, as medidas de austeridade do Governo foram novamente bem acolhidas pelo mercado da dívida", explicam os analistas do BPI no Diário de Bolsa de hoje.

Os mesmos peritos adiantam que "as próximas etapas nesta conjuntura serão a discussão do Orçamento (o recente comportamento das'yields' nacionais parece indicar que este mercado antecipa a sua aprovação) e o impacto económico que este terá na economia nacional".

Energéticas, PT e BES penalizam Lisboa

A bolsa portuguesa negoceia em queda, numa primeira reacção à proposta do Orçamento para o próximo ano.

O índice que reúne as principais cotadas nacionais, o PSI 20, perde 0,36% para 7.783,04 pontos, em linha com os restantes mercados europeus, depois de os investidores terem ficado a conhecer a proposta do Orçamento para 2011, onde o Governo admite que o crescimento será reduzido (0,2%), o que terá implicações negativas ao nível do consumo e da actividade empresarial. "Estes efeitos deverão induzir os analistas a reduzirem as suas estimativas para as empresas mais expostas ao mercado nacional", explicam os analistas do BPI no Diário de Bolsa.

Em Lisboa, as acções da Galp são as que mais penalizam o índice de referência, a acompanharem a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

No mesmo sector, a EDP cede 0,49%, ao mesmo tempo que a Renováveis desliza 0,27%.

A Portugal Telecom (PT) também penaliza a praça nacional, ao desvalorizar 0,25%. O Diário Económico notícia hoje que a entrada da empresa portuguesa no capital da brasileira Oi deverá ser aprovada pela Autoridade Nacional das Telecomunicações (Anatel) na próxima quinta-feira, dia 21 de Outubro. Este procedimento permitirá às duas empresas concluírem o acordo para a compra de uma participação de 23% pela operadora liderada por Zeinal Bava, por 3,7 mil milhões de euros, sendo que o negócio deverá ser formalizado até ao início de Novembro.

Ainda nas telecomunicações, a Zon cede 0,6%, na semana em que vai apresentar as contas trimestrais, inaugurando a apresentação de resultados das cotadas do PSI 20.

A travar maiores perdas está a Mota-Engil, que ganha 0,7%. A construtora formaliza amanhã a parceria com a Sonangol e com o Banco Privado Atlântico (BPA) para a criação de uma nova empresa de direito angolano, a Mota-Engil Angola. António Mota, presidente da construtora portuguesa, revelou ao Diário Económico que "esta parceria torna-nos numa empresa de direito angolano com maior capacidade para crescer".

Na banca, o BCP regride 0,15%, depois de a instituição ter comunicado este fim-de-semana que concluiu a venda da totalidade da rede de sucursais que detinha nos EUA ao banco norte-americanos Investors Savings Bank, assim como a sua base de depósitos e parte da carteira de crédito.

No mesmo sentido, o BES perde 0,73% e o BPI recua 0,19%.

Governo lança nova campanha

A publicidade aos certificados de reforma destaca as adesões por um período de 12 meses.

Passados mais de dois anos e meio após o seu lançamento, os certificados de reforma ganham nova projecção. O Governo lançou recentemente uma campanha de comunicação ao produto, no Metro, onde salienta a possibilidade de se efectuarem subscrições por um período de apenas 12 meses.

O objectivo é mostrar aos portugueses que a actual conjuntura de crise económica não é motivo para impedir as adesões ao PPR público. Uma situação de desemprego e/ou de maior aperto no orçamento financeiro das famílias portuguesas são razões consideradas válidas para a suspensão do pagamento da contribuição um ano após a subscrição.

Na prática, as adesões sempre foram feitas por períodos de 12 meses. Em Fevereiro, o aderente pode escolher entre suspender ou continuar as suas contribuições, ou, ainda, alterar a taxa de desconto (2%, 4% ou 6% se o aderente tiver mais de 50 anos). Mas, salvo indicação em contrário do aderente, recebida pelos serviços da Segurança Social durante o mês de Fevereiro, a adesão é renovada, automaticamente por períodos de 1 ano, com efeitos no mês de Março seguinte.

Retorno dos PPR do Estado cai para o valor mais baixo de sempre

No último mês, a rentabilidade a 12 meses dos certificados de reforma caiu mais de metade para apenas 1,3%.

Desde o seu lançamento, há pouco mais de dois anos e meio, ainda não conseguiram vingar junto dos portugueses como alternativa de complemento de reforma. E essa tendência poderá manter-se. Para além da fraca adesão, com subscrições totais de 8.252 aforradores, os retornos do PPR do Estado são cada vez menos sedutores, tendo atingido no último mês o valor mais baixo de sempre.

De acordo com os dados do último boletim informativo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) de 10 de Outubro, a rendibilidade dos últimos 12 meses é de apenas 1,3%.

Para além de ser a maior quebra mensal de sempre face aos 2,95% do retorno registado no mês precedente- uma redução de mais de metade-, trata-se também da rentabilidade mais baixa desde que o PPR do Estado foi lançado em Março de 2008. Uma remuneração que fica ainda aquém das alternativas de investimento disponibilizadas pelos privados como é o caso dos fundos PPR. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), os fundos PPR com o mesmo grau de exposição a acções (entre 15% e 35%) registavam no final do mês de Setembro, em média, uma rentabilidade a 12 meses de 1,83%. Os últimos dados do folheto informativo revelam também uma quebra de retorno ainda maior face ao verificado no início deste ano. Em Janeiro, a rentabilidade a 12 meses desta aplicação era de 8,16%.