21 outubro 2010

Retorno dos PPR do Estado cai para o valor mais baixo de sempre

No último mês, a rentabilidade a 12 meses dos certificados de reforma caiu mais de metade para apenas 1,3%.

Desde o seu lançamento, há pouco mais de dois anos e meio, ainda não conseguiram vingar junto dos portugueses como alternativa de complemento de reforma. E essa tendência poderá manter-se. Para além da fraca adesão, com subscrições totais de 8.252 aforradores, os retornos do PPR do Estado são cada vez menos sedutores, tendo atingido no último mês o valor mais baixo de sempre.

De acordo com os dados do último boletim informativo Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS) de 10 de Outubro, a rendibilidade dos últimos 12 meses é de apenas 1,3%.

Para além de ser a maior quebra mensal de sempre face aos 2,95% do retorno registado no mês precedente- uma redução de mais de metade-, trata-se também da rentabilidade mais baixa desde que o PPR do Estado foi lançado em Março de 2008. Uma remuneração que fica ainda aquém das alternativas de investimento disponibilizadas pelos privados como é o caso dos fundos PPR. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), os fundos PPR com o mesmo grau de exposição a acções (entre 15% e 35%) registavam no final do mês de Setembro, em média, uma rentabilidade a 12 meses de 1,83%. Os últimos dados do folheto informativo revelam também uma quebra de retorno ainda maior face ao verificado no início deste ano. Em Janeiro, a rentabilidade a 12 meses desta aplicação era de 8,16%.

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