21 outubro 2010

Boeing dispara 3% em Wall Street

Os principais índices norte-americanos fecharam em forte alta, impulsionados pelos bons resultados das empresas.

O industrial Dow Jones avançou hoje 1,18% para 11.107,97 pontos, com a Boeing a protagonizar o melhor desempenho do índice, ao avançar 3,35% para 71,36 dólares. É que a Boeing apresentou hoje um lucro trimestral de 837 milhões de dólares, face a prejuízos de 1,56 mil milhões no mesmo período do ano anterior.

Também a Yahoo! contribuiu para os ganhos em Wall Street, ao avançar 2%, depois de ter visto o seu lucro mais do que duplicar no terceiro trimestre face ao período homólogo, para 396 milhões de dólares.

Foi neste contexto que o Nasdaq e o S&P 500 também encerraram a sessão a valorizar 1,05% e 0,84%, respectivamente, depois do tombo de ontem.

Economia norte-americana cresceu, mas lentamente

A marcar o dia, em Nova Iorque, esteve também a divulgação do Livro Bege da Reserva Federal norte-americana, que deu conta de que a economia norte-americana continua a crescer, "no seu conjunto", embora a um ritmo lento, o que se deve, sobretudo, ao fraco consumo.

"No conjunto, a actividade económica do país continuou a crescer, apesar de [crescer] a um ritmo limitado" em Setembro e nos primeiros dias de Outubro, lê-se no documento, citado pela Bloomberg, e que resulta dos estudos elaborados pelas doze Fed regionais dos Estados Unidos.

O Livro Bege diz ainda que a actividade industrial "continua a progredir" e que as despesas de consumo doméstico, um dos grandes motores da economia, ficaram "estáveis ou em alta ligeira", dependendo das regiões, sendo que os consumidores têm cortado nas despesas e optado somente por bens de primeira necessidade.

A penalizar o consumo está, segundo o banco central, o crescimento do mercado de trabalho, que continua a preocupar os peritos. A Fed diz que "as contratações continuam a ser limitadas, com muitas empresas a mostrar relutância em contratar funcionários em regime efectivo", devido ao estado da economia.

De notar que a taxa de desemprego dos EUA ficou estável nos 9,6% em Setembro, o nível mais elevado dos últimos 26 anos e os peritos acreditam que em 2011 deve fixar-se nos 9%.

Os dados divulgados hoje podem não ser suficientes para fazer acreditar na retoma económica, e sinalizam que a Fed poderá mesmo ter que avançar com novas medidas de estímulo à economia, para além de manter uma política monetária flexível.

A próxima reunião da Fed está agendada para 2 e 3 de Novembro, e os investidores acreditam que no encontro o banco central vai confirmar a sua intenção de voltar ao mercado de dívida, para aumentar a liquidez na maior economia do mundo.

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